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Programa de Educação Ambiental O Programa de Educação Ambiental (PEA) da UHE Três Irmãos é uma das condicionantes previstas na Licença de Operação (LO) da Usina. Disciplinar a conservação, recuperação, o uso e ocupação do entorno do reservatório com base na participação comunitária e na interação institucional e estabelecer canais de diálogo com a população, de modo a desenvolver ações ambientais transversais aos programas que demandem a participação das comunidades, são alguns de seus objetivos. Suas ações estão pautadas em princípios como: ➯ o meio ambiente constituído pelos meios natural, socioeconômico, político e cultural, de múltiplas e complexas relações;Desde 2014 diversas atividades do PEA vêm sendo desenvolvidas pela Tijoá: ☆ Visitação da Usina: atividade disponibilizada aos alunos das escolas municipais do entorno do Reservatório que se desenvolvem com o apoio do jogo “Tietando a Energia” (veja mais em Materiais Didáticos do PEA).Materiais Didáticos do PEA
Reflorestamento e fauna associada Às margens do reservatório da UHE Três Irmãos foram implantadas 1049 glebas de reflorestamento com espécies nativas da flora regional. Os monitoramentos realizados mostraram que essas áreas totalizam 30,05 km2 e se encontram em estágios diversos de desenvolvimento e conservação. Até o momento foram registradas nos reflorestamentos de 70 espécies de flora, 200 de aves, 20 de mamíferos de médio e grande portes, 20 de anfíbios e 10 de répteis. Esses registros indicam que aos poucos os reflorestamentos estão sendo recolonizados pela fauna nativa, tendo sido registradas, inclusive, algumas espécies ameaçadas de extinção. Caso da árvore urundeúva (Myracrodruon urundeuva) considerada “vulnerável” à extinção pela resolução SMA 08/2008. Dentre a fauna destacam-se a anta (Tapirus terrestris) e a suçuarana (Puma concolor). Essas duas espécies de mamíferos são consideradas “vulneráveis” à extinção de acordo com a lista das espécies brasileiras ameaçadas (MMA, 2014). A Tijoá vêm somando esforços na manutenção e no replantio de algumas glebas do reflorestamento para que essas áreas se consolidem ao longo do tempo, oferecendo abrigo e alimentação para um número ainda maior de animais. O ambiente aquático do reservatório da UHE Três Irmãos A qualidade das águas do reservatório da UHE Três Irmãos é monitorada em campanhas trimestrais. As amostras de água coletadas com auxílio de equipamentos específicos são enviadas para análise em laboratório credenciado. O conjunto dos parâmetros analisados (temperatura, oxigênio dissolvido, transparência, nitrogênio, clorofila, etc.) nas campanhas realizadas indicaram que as águas do reservatório favorecem a manutenção da vida aquática. Os dados de monitoramento da ictiofauna obtidos ao longo dos anos atestam que o reservatório é abundante em peixes. As espécies mais encontradas de acordo com a pesca científica foram o porquinho (Geophagus proximus), a corvina (Plagioscion squamosissimus), o pacu-CD (Metynnis maculatus) e a piranha (Serrasalmus spp.). Destas espécies apenas a piranha é originária da bacia do Tietê, as demais foram introduzidas e já se estabeleceram nessa bacia. Até o momento já foram entrevistados cerca de 80 pescadores profissionais que atuam no reservatório da UHE Três Irmãos. Os pescadores participaram de palestras educativas realizadas por especialistas em manejo pesqueiro, além de fornecerem dados da produção diária (produto capturado, local, artes, processamento, etc.) contribuindo para aumento do conhecimento do potencial pesqueiro do reservatório. A Tijoá implantou estações hidrométricas em quatro pontos específicos do reservatório da UHE Três Irmãos. A implantação dessas estações permite à Tijoá acompanhar em tempo real as variações do nível e vazão do reservatório, bem como os índices de precipitação (chuva) na região. O grau de assoreamento do reservatório da UHE Três Irmãos também é acompanhado pela Tijoá. Ambas as atividades seguem metodologias já estabelecidas pela Agência Nacional de Águas (ANA). CCCP - Centro de Conservação do Cervo-do-Pantanal Histórico No início da década de 90 foi descoberta uma população de cervos-do-pantanal no baixo curso do rio Tietê, onde estava sendo construída a Usina Hidrelétrica de Três Irmãos. Este empreendimento alagaria a totalidade dos banhados onde vivia a espécie (14.000 ha de várzeas) e causaria um significativo impacto na última grande população de cervos que ocupava os banhados do rio Tietê. Para mitigar este impacto, foi proposto pela concessionária da Usina na época a criação do Centro de Conservação do Cervo-do-Pantanal (CCCP). Este Centro foi implementado inicialmente em um dos remanescentes de várzea do rio Tietê, no município de Promissão-SP e toda a sua concepção foi orientada por instituições ambientais governamentais e de pesquisa. Em 2020 a Tijoá assinou um Convênio de Cooperação Técnico-científica com a Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp / Campus Jaboticabal, que viabilizou a transferência do CCCP para as dependências desta Universidade. O link abaixo conta um pouco dessa história, venha conferir! É o maior cervídeo da América do Sul e um dos maiores mamíferos brasileiros, com fêmeas pesando cerca de 90kg e machos aproximadamente 110kg. A altura média da cernelha em animais adultos é de 1,3m. A cor do cervo-do-pantanal é avermelhada. Possui longas pernas, que são negras e apresentam adaptação aos ambientes alagados. As orelhas são grandes e arredondadas. Os machos apresentam chifres ramificados e podem chegar a dez pontas, conforme a idade e alimentação. As fêmeas apresentam estro (cio) durante todo o ano, gestação com duração de 251 a 271 dias e o filhote nasce sem pintas claras. Os animais ocupam o ambiente de várzea e, atualmente, os estados originalmente habitados por grandes populações de cervo, como São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Minas Gerais e Bahia, possuem apenas populações relictuais da espécie, havendo possibilidade de extinções locais em um curto prazo de tempo. As maiores populações estão no Pantanal brasileiro (estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), na região da Ilha do Bananal, Rio Araguaia (estados do Mato Grosso e Tocantins), no Rio Guaporé (estado de Rondônia) e nas várzeas remanescentes do Rio Paraná (estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo). A espécie está classificada como Vulnerável (VU) na lista da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, 2018) e consta no Anexo I da Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES), como espécie afetada pelo tráfico de animais silvestres. O cervo-do-pantanal é um animal predominantemente diurno, podendo tornar-se noturno em locais onde ocorre caça e perseguição. Possui hábitos solitários, mas também podem ser observados em pequenos grupos familiares. Quanto à estratégia de busca de alimento, a espécie pode ser classificada como “pastador-podador”, pois grande parte da sua dieta é composta por brotos de várias espécies arbustivas e plantas aquáticas de folha larga. Em cativeiro, consome arbustos e especialmente leguminosas, gramíneas tenras e macias, além de concentrado de alto valor proteico. Projetos de Reassentamento Com a implantação da Usina Hidrelétrica de Três Irmãos na década de 1980, 115 famílias foram realocadas para locais fora da área de inundação do reservatório. Na época, foram criados dois projetos para o reassentamento destas famílias: o Complexo Hortifrutigranjeiro com 71 lotes e a Fazenda Nossa Senhora de Fátima com 44 lotes. A concessionária responsável na época adquiriu duas grandes propriedades e implementou os projetos de reassentamento com a distribuição dos lotes, construção de casas, arruamento, centro comunitário e outras benfeitorias. Ocorre que por questões diversas, ao longo dos cerca de 30 anos desde a implantação dos projetos, não foi realizada a titulação dos lotes em nome das famílias beneficiárias do Programa de Reassentamento. Com isso, a conclusão desta titulação se tornou uma obrigação prevista na Licença de Operação da UHE Três Irmãos e a Tijoá, ao assumir a concessão, concentrou os esforços para concluir esta ação essencial para a finalização dos projetos. Foi um grande desafio, pois após tantos anos, a vida das famílias beneficiárias seguiu seu curso: algumas venderam seus lotes, outras faleceram, restando poucas famílias originárias do Programa no local. A Tijoá iniciou todo um levantamento de campo para entender a história de quem residia em cada lote, reunir a documentação necessária e, acima de tudo, tentar reconquistar a expectativa positiva dos moradores para que seu antigo sonho se tornasse realidade. Cabe destacar que esse trabalho teve a participação essencial de instituições locais, como a gestão pública municipal de Pereira Barreto e os cartórios de nota e registro de imóveis deste município. Felizmente, praticamente todos os lotes já foram escriturados estando em curso o processo de registro em cartório. Conhecer um pouco da história de cada morador neste processo teve significativa importância para equipe da Tijoá, que comemora e se emociona junto com eles a cada lote registrado. Seguimos com total dedicação para a conclusão do processo, a fim de proporcionar a estas famílias a concretização de um sonho. |
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